sábado, 20 de agosto de 2011

Camada de ozono no Pólo Norte está especialmente fina devido a um Inverno frio





A camada de ozono no Pólo Norte diminuiu em 40 por cento devido à continuação de um Inverno frio no mês de Março, revela a Agência Europeia Espacial (ESA).
A razão para o fenómeno deve-se a um “Inverno estratosférico muito mais frio e persistente” que promoveu a destruição do ozono, uma camada importante formada por uma molécula de três átomos de oxigénio que reflecte os raios ultra-violetas. Esta camada fica a 25 quilómetros de altitude.
As condições meteorológicas por cima do Árctico mantiveram uma massa de ar gelado por cima da região. Em Março, quando a luz do Sol começou atingir as latitudes mais a norte do planeta, produziram gases a partir dos clorofluorcarbonetos (CFCs) que destroem as moléculas de ozono em moléculas de hidrogénio.
Os CFCs, que eram utilizados para latas de spray, por exemplo, foram banidos no século passado, mas vão permanecer na atmosfera durante mais algumas décadas até serem completamente degradados.
O fenómeno foi detectado pelo Envisat satellite, da ESA. A última vez que este fenómeno tinha acontecido foi em 1997.
Os cientistas não sabem se as alterações climáticas vão promover mais fenómenos destes.”Num clima em mudança, é esperado que em média as temperaturas estratosféricas sejam mais frias, o que significa que vai acontecer uma maior diminuição de ozono”, disse num comunicado da Agência Europeia Espacial Mark Weber, da Universidade de Bremen.
“Por outro lado, muitos estudos mostram eu a circulação estratosférica no Hemisfério Norte pode aumentar no futuro e, consequentemente, mais o ozono vai ser levado dos trópicos para latitudes mais altas, reduzindo a sua diminuição”, acrescentou o cientista.

Público

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